ARTIGO

Secretária de estado do Turismo visitou a Rota Histórica das Linhas de Torres

6 junho 2016

No passado dia 27 de maio, a secretária de estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, acompanhada pela diretora do Departamento de Desenvolvimento e Inovação do Turismo de Portugal, Teresa Ferreira, visitou a Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT).

O programa de visita teve a duração de um dia e procurou dar a conhecer o trabalho de recuperação, salvaguarda e valorização desenvolvido pelos seis municípios da RHLT (Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira) sobre o património das Linhas de Torres, aliado ao desenvolvimento turístico da região.

Ao longo dos últimos anos, a RHLT tem vindo a incentivar parcerias entre o património, a oferta cultural e os agentes económicos que operam no território, em áreas tão distintas quanto complementares, como são a restauração, a hotelaria, as empresas de animação cultural e turística e outros segmentos como a equitação, o golfe ou os vinhos, por exemplo. A interação e concertação com esses agentes pretendem atrair públicos; estabelecer parcerias institucionais de cooperação, do setor público e do setor privado; afirmar a marca RHLT e a região no mercado do turismo das emoções e sensações.

O percurso teve início no Museu do Vinho, em Bucelas, que alberga também um dos seis centros de interpretação da RHLT. Seguiu-se a visita ao Morgado Lusitano - um centro equestre do cavalo lusitano com alojamento local -, que além das suas atividades ligadas à equitação, promove, também, passeios aos fortes vizinhos. A passagem pelo Monumento às Linhas de Torres (Alhandra) deu a conhecer o padrão construído em 1883, com o objetivo de comemorar a vitória das tropas anglo-lusas sobre os exércitos napoleónicos e a própria construção das Linhas de Torres Vedras, enquanto representação da tenaz resistência dos exércitos aliados face ao invasor e baluarte da defesa valorosa da independência da Península Ibérica. O ponto de paragem seguinte foi o Centro Cultural do Morgado (Arruda dos Vinhos), ocupado outrora pelas tropas francesas que encontraram a vila de Arruda totalmente deserta, mas com abundantes provisões que os seus habitantes tinham deixado para trás na ânsia da sua fuga. Neste local, que integra o posto de turismo, a galeria e auditório municipal e outro dos centros de interpretação das Linhas, tiveram lugar provas de vinhos com alguns dos produtores locais, como a Casa Agrícola Ribeiro Corrêa, o Condado Portucalense, a Quinta de S. Sebastião e a Adega de Arruda, alguns deles com atividades de enoturismo disponíveis.

A meio do dia, o percurso seguiu para Sobral de Monte Agraço, com visitas ao Centro de Interpretação das Linhas de Torres - que ocupa hoje parte do local onde decorreu o combate mais expressivo das Linhas de Torres: o Combate de Sobral – e ao Forte do Alqueidão, ou o Grande Reduto de Sobral, como ficou internacionalmente conhecido o posto de comando da Linhas de Torres e o único ponto que Wellington guarneceu com “tropa de linha” - constituída pela brigada do general Pack e pelas duas Companhias de Artilharia da Vila de Sobral, excecionalmente criadas pelo marechal Beresford. À chegada, os convidados foram surpreendidos pelo grupo de recriação histórica “Guerrilha de Montagraço” da Associação 13 de Setembro de 1913, que representa o povo português armado, que lutou contra a ocupação francesa.

Ao almoço foi servido um menu de época no restaurante Moinho do Paul (Torres Vedras), em que foi possível saborear o Mexilhão à General Wellington, a Sopa de Sustância, o Bacalhau do Regimento e a Galinha do Povo.

De seguida, o trajeto até à serra do Socorro, tal como o regresso, foi assegurado pelos jipes UMM das Rotas do Oeste, com paragem no Dolce CampoReal - um resort situado na região Oeste de Portugal, a 30 minutos de Lisboa, ideal para uma estada, de negócio ou lazer, ou para a realização de eventos, que oferece spa, centro equestre com passeios a cavalo, campo de golfe, piscina interior e exterior, campo de ténis, momentos de relaxamento ou aventura, nomeadamente com as Rotas do Oeste que têm ali a sua sede. As Rotas do Oeste são uma empresa certificada pelo Turismo de Portugal que organiza passeios em torno de temáticas históricas, sempre em contacto com a fauna e a flora das serras e dos principais pontos turísticos do Oeste, nomeadamente nas Linhas de Torres. Dispõe, também, de um vasto leque de atividades outdoor de teambuilding para empresas e grupos.

Na Serra do Socorro foi possível ficar a saber como funcionava um dos postos semafóricos das Linhas de Torres - o telégrafo de sinais - que operado por especialistas da marinha enviava mensagens em três minutos, aproximadamente, para cada um dos flancos das Linhas; em sete minutos a mensagem percorria toda a linha de defesa, entre o Tejo e o Atlântico. Na Serra do Socorro, o comandante inglês estabeleceu o posto central de comunicação da primeira linha defensiva.

O programa terminou com a visita à Adega Mãe que incluiu uma prova de vinhos e a degustação do bife Wellington - uma recriação do restaurante Vilamanjar. Com uma vista privilegiada sobre a vinha e para um dos fortes das Linhas de Torres, a Adega Mãe, além da produção de vinhos, realiza diversas atividades relacionadas com eventos e enoturismo.

Foi com muita satisfação que os municípios e parceiros da Rota Histórica das Linhas de Torres organizaram este programa de visita, esperando que a cooperação da secretária de estado do Turismo e do Turismo de Portugal possa ser uma ajuda determinante na construção de um produto de qualidade que acrescente desenvolvimento ao território.

 

Secretária de estado do Turismo visitou a Rota Histórica das Linhas de Torres

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