ARTIGO
18 agosto 2016
O cenário do dia 15 de agosto em Santa Cruz no início do século XX foi recriado pela 19.ª vez com o Cortejo Etnográfico desta estância balnear.
Os “saloios” voltaram no âmbito deste evento a ocorrer a este local de veraneio no dia da Ascenção de Nossa Senhora, sendo, recorde-se, que naquela época a “ida á praia” era um previlégio das elites locais.
O Rancho Folclórico e Etnográfico “Flores do Oeste” (de A dos Cunhados) foi o que se esmerou de forma particular nessa recriação, tendo, para além de com os trajes da época vestidos pelos seus elementos, dado também a conhecer o modo de vivência das populações rurais da região há cerca de um século atrás com os respetivos meios de transporte (carros de bois, burros e charretes) e a representação de cenas do quotidiano.
Os restantes grupos folclóricos e etnográficos (Rancho Folclórico “Danças e Cantares de Campelos”, Rancho Folclórico “Os Camponeses do Varatojo”, Rancho Folclórico “Os Rurais” do Furadouro, Rancho Folclórico da Colaria, Rancho Folclórico e Etnográfico "Danças e Cantares do Furadouro", Rancho Folclórico e Etnográfico “Danças e Cantares da Mugideira”, Rancho Folclórico “As Velhas Glórias” d' "Os Agricultores da Azenha" e Rancho Folclórico da Silveira), atuaram no Largo Jaime Batista da Costa, por onde também passou o rancho de A dos Cunhados, tendo aqueles igualmente recriado cenários quotidianos das primeiras décadas do século XX.
Até á Praia do Guincho foram realizando pequenas atuações que culminaram num almoço nesse local, no qual não faltou “iguarias” típicas das gentes rurais do concelho como o peixe seco ou o arroz de coelho, tendo o mesmo sido antecedido de uma “ida ao banho” em trajes tradicionais.
O evento prolongou-se pela tarde com atividades lúdicas e cenários a lembrar “tempos de outrora”…