ARTIGO
25 maio 2016
A revista francesa de história militar Gloire&Empire dedicou a maior parte da sua 65.ª edição às Linhas de Torres Vedras.
O respetivo dossiê divide-se em quatro sub-capítulos - a construção das Linhas; os franceses perante as Linhas; uma inação forçada; e a partida dos franceses -, sendo ainda dedicado um capítulo a descobertas no campo de batalha.
As quase cem páginas de texto que constituem essa abordagem são acompanhadas por gravuras, retratos, mapas, desenhos e fotografias atuais, de que se destaca gravuras da então vila de Torres Vedras, fotos do forte de S. Vicente, do Castelo de Torres Vedras e do obelisco do Jardim da Graça, e uma gravura de um camponês da região de Torres Vedras.
No editorial da revista, o seu diretor, Bernard Sadoun, refere, a propósito das Linhas de Torres Vedras, que “penosamente construídas desde novembro de 1809 sobre um terreno naturalmente favorável, todo um conjunto de fortes e de redutos, organizados sobre três linhas distintas, constituiram um baluarte formidável detrás das quais as tropas de Wellington puderam esperar o adversário dando-se a possibilidade de se recolocar e reorganizar-se. Para fragilizar ainda mais os franceses, o exército anglo-português deixa, à frente das linhas, uma grande zona inteiramente devastada onde os seus inimigos não encontram qualquer recurso. Ainda assim, a armadilha é terrível e particularmente eficaz. De seguida, o que é contado neste número de Gloire&Empire, mostra a eficácia deste dispositivo que levou os franceses a renunciar à retomada de Lisboa como lhes tinha sido ordenado”.