ARTIGO
4 dezembro 2023
10 anos em que a arte de tecer fios se associa à de contar histórias.
A primeira década do “Tricô(n)tando”, projeto integrado na programação da Fábrica das Histórias - Casa Jaime Umbelino, foi celebrada no passado dia 29 de novembro, com uma sessão em que as agulhas descansaram para dar lugar a um momento puramente comemorativo.
Recorde-se que o “Tricô(n)tando” é um projeto que se baseia na realização de sessões semanais, que acontecem às quartas-feiras, das 17h00 às 19h00, na Fábrica das Histórias - Casa Jaime Umbelino, nas quais a experiência de tecer o fio para criar uma tapeçaria, uma camisola, uma toalha, é enriquecida pela contação de histórias. A Fábrica das Histórias dá a ouvir os contos e as “tricontadeiras” ensinam os “pontos”. Encontros que são marcados pela convivialidade e nos quais não falta a oportunidade para beber um chá e degustar um doce. Refira-se que em algumas dessas sessões têm participado especialistas em temáticas de interesse das “tricontadeiras”. Paralelemente, no âmbito do projeto têm sido realizadas outras ações, sendo de realçar as visitas culturais e um livro artístico subordinado à temática da Paz, o qual foi elaborado no decorrer das oficinas “Confi-Arte +Arte-Cidadania”.
De referir que no âmbito do “Tricô(n)tando” já se realizaram 226 sessões, nas quais se contabilizaram mais de 3.800 participações.
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Na sessão do passado dia 29 de novembro, para além de se ter cantado os parabéns ao projeto, houve também lugar, no início da mesma, à contação de histórias e à declamação de poemas por “tricontadeiras”, que, posteriormente, deixaram testemunhos acerca da sua experiência de participação no “Tricô(n)tando”.
Presente nessa sessão esteve a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Ana Umbelino, que, na ocasião, afirmou ser gratificante ver como o espaço da casa onde viveu o seu tio-avô está a ser vivificado e apropriado pela comunidade. Também segundo Ana Umbelino, no “Tricô(n)tando” é resgatado um tempo de alegria e um tempo de relação, o que contraria a velocidade da experiência do tempo atual e contribui assim para a humanização da comunidade. Ainda segundo a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, existe neste projeto um encantamento muito particular, sendo que o mesmo, pela sua originalidade e exemplaridade, pode se constituir como uma inspiração para outros.