ARTIGO

Novo elemento de arte pública em Torres Vedras

7 agosto 2013

Desde o passado mês de julho que há uma nova escultura em Torres Vedras. Trata-se de uma obra intitulada “Rotura”, da autoria do escultor torriense Rogério Abreu, e que resultou de um desafio lançado pelas Ferragens Bacalhau –Sociedade de Ferragens e Ferramentas, lda - ao artista e à autarquia. "Rotura" é uma obra oferecida por Ferragens Bacalhau (Sociedade de Ferragens e Ferramentas).

Com o objetivo de reestruturar o espaço que acolhe este novo elemento de arte pública, localizado em frente à loja das Ferragens Bacalhau, na Av. General Humberto Delgado, a Autarquia de Torres Vedras repavimentou e colocou bancos no espaço público, respondendo a uma lacuna diagnosticada, valorizou a árvore existente naquele espaço e requalificou, ainda, o espaço de acesso a ambulâncias.

 

Sobre a obra

Há cerca de um ano, as Ferragens Bacalhau lançaram um desafio direto ao artista torriense Rogério Abreu, no sentido de se criar um espaço de interação entre o espaço comercial, obras de arte e artistas.  A par do desafio lançado ao artista, o desafio foi também lançado à Autarquia de Torres Vedras que, como resposta, procedeu a uma necessária reestruturação daquela praça. Foi neste contexto que nasceu a escultura “Rotura”, concebida por Rogério Abreu e que “tem por referência o Conselho Régio de D. João I, em 1414, tendo sido então tomada a decisão de conquistar Ceuta, campanha essa que se revelou desastrosa e acabou por dar origem a um período de “rotura” na nossa independência, refletida nos 70 anos de domínio dos “Filipes”.

Trata-se de uma rotura parcial, tal como a nossa perda de independência. No entanto, e como qualquer obra de arte, induz a múltiplas leituras e deixa em aberto um vasto campo ao imaginário do observador.

Além de uma obra de arte, esta escultura constitui um exemplo prático de sucesso na conjugação de sinergias e de boas vontades, entre a empresa, o artista e a autarquia, cujo contributo serve de catalisador para promover posturas de participação social mais ativas.

“Rotura” consiste num robusto anel de aço, com 2,3 metros de diâmetro, parcialmente rasgado no seu topo, que impressiona desde logo pela sua dimensão. A sua colocação  numa pequena elevação relvada e atravessada por um carreiro, convida a que a atravessemos, como se de um portal para outra dimensão se tratasse.

Disponível para ser usufruída por todos os torrienses, esta escultura poderá ser vista por um período de 3 anos, após o qual será avaliado o impacto e sentimento de pertença da escultura no espaço.

 

Sobre Rogério Abreu

Rogério Manuel Dias Abreu é um escultor português, nascido em Freiria – Torres Vedras, a 19 de junho de 1967.

De tenra idade já a sua veia criativa se mostrava, tal como a sua hiperatividade, características que o marcam ao longo do seu percurso. Apesar de aos 9 anos ter tido o primeiro contacto com o mundo da pintura a óleo, seria no ensino preparatório que a sua veia artística se tornaria mais evidente, desenvolvendo os primeiros trabalhos de escultura.

Escultor pluridisciplinar, no que a matérias diz respeito, tem sido convidado para muitas exposições em Portugal e no estrangeiro, salientando-se, entre várias cidades, Málaga, Sevilha, Victória e Paris.

Tem nesta altura várias obras públicas (Belmonte, Meda, Manteigas, Torres Vedras), assim como obras em instituições e coleções particulares espalhadas pelos vários continentes.

Mais informações em www.rogerioabreu.com

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