ARTIGO
26 março 2024
O RHI - Revolution Hope Imagination voltou, em 2024, a passar pelo Concelho.
Recorde-se que esta é uma iniciativa organizada pelo Arte Institute (entidade sediada em Nova Iorque que foi fundada e é dirigida pela torriense Ana Miranda) que consiste num programa de ações de caráter cultural (nomeadamente conversas, workshops e shows) que percorre anualmente vários concelhos de Portugal. Este ano o RHI decorreu de 14 a 23 de março e passou por locais dos concelhos de Cascais, Torres Vedras, Alcobaça, Leiria, Torres Novas, Lisboa, Faro, Vidigueira, Loulé, Évora, Nazaré, Porto, Funchal e Braga.
O Município de Torres Vedras é, desde a primeira edição do RHI, parceiro do projeto, o qual envolve outros municípios nacionais, bem como outras entidades nacionais e ainda entidades internacionais. Com a realização do RHI, o Arte Institute pretende ampliar a sua missão de promoção da produção artística e de criação de pontes entre artistas portugueses e projetos mundiais, sendo a este propósito de referir que a iniciativa proporciona inclusivamente uma plataforma digital que atua como uma rede online que une produtores culturais, procurando informar e gerar oportunidades para novos diálogos e criações multidisciplinares. Reinventar a cultura contemporânea e estimular o diálogo entre diferentes áreas, nomeadamente entre arte & negócio e cultura & turismo, são também objetivos que presidem à organização do RHI.
15 de março foi o dia que o RHI dedicou este ano a Torres Vedras. Durante esse dia, no âmbito da iniciativa, realizou-se um conjunto de ações em diferentes locais do Concelho, sendo de referir, dessas, em primeiro lugar, as que foram abertas ao público em geral: uma palestra, que aconteceu no período da manhã, na Cooperativa de Comunicação e Cultura, denominada “Como apresentar propostas de exposições”, que teve como oradores Joel Vieira (superintendente cultural e diretor de Cidadania, Território e Diversidade Cultural na Fundação de Arte do Município de Niterói e curador do Museu Janete Costa de Arte Popular), Thayná Trindade (curadora e pesquisadora no Museu de Arte do Rio), Márcio Motokane (diretor artístico que atua na realização audiovisual no Canal Futura da Fundação Roberto Marinho) e Ricardo Vicente (gestor, programador e curador no Centro Cultural de Cabo Verde); uma visita a estúdios da RAMA - Residências Artísticas (situados na aldeia de Maceira, localizada no território da União das Freguesias de Dois Portos e Runa), no período da tarde, que foi orientada por Paulo Brighenti (coordenador da RAMA) e incluiu uma conversa entre artistas residentes nos mesmos e curadores envolvidos no RHI, o que teve como primeiro momento uma outra visita, mais concretamente à exposição Mergulho Cego, da autoria de Maria Fradinho (cujos trabalhos resultaram de uma residência artística realizada na RAMA), que aconteceu na Paços - Galeria Municipal, orientada por Ana Anacleto (curadora da exposição); e a apresentação do espetáculo Presenças na Ausência, pela Companhia de Ballet da Cidade de Niterói, à noite, no Teatro-Cine.
#imagem2#
Também no dia 15 de março, igualmente no âmbito do RHI, realizaram-se: dois workshops de dança contemporânea (um, no período da manhã, na Performact, e outro, ao princípio da noite, na Estufa - Plataforma Cultural), orientados por bailarinos da Companhia de Ballet de Niterói; um workshop denominado “Arte e Ciência”, no período da manhã, na Escola Básica da Ventosa, orientado por Diana Aires (artista plástica e mediadora artística e cultural); um workshop, também no período da manhã, denominado “Dinâmica sobre como construir projetos multimédia”, na Escola Secundária Henriques Nogueira, orientado por Márcio Motokane; e uma conversa com a produtora de apresentações Tenara Gabriela sobre a Companhia de Ballet de Niterói, no período da tarde, no edifício Somos Comunidade.
De referir que cerca de 430 participações foram contabilizadas nas ações realizadas no Concelho no âmbito da edição deste ano do RHI (que foi a sexta).
Fotografias: Arte Institute