6.ª edição de “Torres Vedras – Cidade dos Livros” falou de Resistência

“Histórias de Resistência” foi o tema da sexta edição de “Torres Vedras – Cidade dos Livros”, uma iniciativa cultural promovida pela Câmara Municipal de Torres Vedras, que tem como objetivo fundamental fomentar o interesse e entusiasmo pela leitura.

Este tema fez a evocação à celebração dos 50 anos do 25 de Abril, que se refletiu nas atividades que fizeram parte do programa que decorreu de 12 a 23 de abril.

A Biblioteca Municipal de Torres Vedras recebeu algumas das atividades, como a instalação “És livre como um pássaro?”, por alunos das escolas básicas Carlos Bernardes e Conquinha, em parceria com a Biblioteca Escolar das respetivas escolas; a exposição “De olhos fechados”, por Inês Viegas Oliveira; a performance “Biblioteca Futuro”, por alunos do 8.º D da Escola Padre Vítor Melícias e o teatro com o mesmo nome, por Manuel Henriques e Rosinda Costa. No dia 20 de abril foi também realizado o debate com Elsa Ferreira: “Como podemos ser uma comunidade de aprendizagem”. Nesse espaço foram também realizadas atividades infantojuvenis, como o teatro para bebés “Upa Upa, está na hora”, de Eva Barros e Maria Bonita Matos; a Oficina Infinito [isto não é uma oficina], com Teresa Revez; e “Contos no escuro”, por Bruno Batista.

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Para os mais jovens foram também dinamizadas atividades na Fábrica das Histórias – Casa Jaime Umbelino, como o teatro “Regar Abril”, por Papão do Conto e Upa!, e a oficina “Liberdade para discordar”, com Joana Rita sousa, que incluiu sessões para o público escolar.

Nesse espaço foi também inaugurada a exposição “Livros de artista”, por alunos da Universidade Lusófona; e “Recomeçamos, não nos rendemos”, de Afonso Cruz, patente até dia 31 de julho e da qual partiu a visita orientada com o autor “Literatura e Revolução”. Realizou-se ainda outra visita orientada no âmbito do 2.º Concurso de Ilustração Resistência e a formação “Com quantas dobras se faz um livro”, com Priscila Ballarin.

A Igreja de Santiago foi anfitriã de várias outras iniciativas do programa, como a Feira do Livro e as aulas abertas: “De olhos fechados”, por Inês Viegas Oliveira; “Literacia Emergente”, por Ana Cristina Silva; “Literatura e Revolução”, por Afonso Cruz e “Aula aberta com Sandro William Junqueira”. Nesse espaço foi também realizada uma mesa redonda subjacente ao tema “Livrarias, lugares de resistência”, com as livrarias Arquivo, Culsete e It’s a book; e as atividades de contação “Os contos mais antigos do mundo”, por Rodolfo Castro, e “Contatinas”, por Luís Carmelo e Nuno Morão.

Os momentos musicais “Declaração de poesia com música e dança” com Christian Marr’s; “Livros que cantam”, por João Pedro Mésseder e Rachel Caiano; e “Ghazal – Música e Poesia Judaica e Árabe do Levante”, pela Associação MusicÁlareira e o Coro Leitor da Freiria, beneficiaram da acústica do local.

A instalação “Reconstituição Portuguesa”, por alunos da Escola Secundária Henriques Nogueira, em parceira com a Associação Emerge, esteve em exposição na igreja durante todo o período em que decorreu o “Torres Vedras – Cidade dos Livros”, tendo sido inaugurada em simultâneo com a exposição no Largo Justino Freire “Histórias com resistência – Manifestos”, também realizada por alunos da mesma escola, com a orientação da artista Vanessa Éffe.

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As bibliotecas escolares das escolas básicas Carlos Bernardes e Conquinha foram anfitriãs da formação “Ler a Valer”, por Elsa Serra, e no Auditório do Edifício dos Paços do Concelho teve lugar a palestra “Um olhar sobre os primeiros contos”, com Rodolfo Castro.

No Teatro-Cine de Torres Vedras, o Novo Circo apresentou o espetáculo “Roda-Viva (a menina e o círculo”.

“Torres Vedras – Cidade dos Livros” contou com a presença de mais de 40 convidados (individuais e coletivos) e das suas atividades usufruíram centenas de participantes de todas as idades. Nesta sexta edição foi feita novamente a celebração do livro, da literatura, numa relação estreita e convidando à cocriação com diferentes expressões artísticas, como a ilustração, as artes plásticas e performativas, a escrita criativa, a dança, o teatro, a música, a narração oral e o design gráfico.