A história do Teatro-Cine de Torres Vedras tem início em 1922, ano em que é solicitada a autorização para a construção do edifício. A iniciativa é da “TENTATIVA, SARL”, sendo sócio-gerente Florêncio Chagas, conhecido industrial de Torres Vedras.
A sala é inaugurada oficialmente no dia 1 de abril de 1923, tendo sido batizada com o nome do ator Ferreira da Silva, falecido nesse ano. As primeiras décadas, sobretudo com o advento do cinema sonoro, são marcadas pelo sucesso das exibições cinematográficas, que constituem a maioria da sua programação, mas também das apresentações de teatro revista.
O sucesso foi tal que, logo no início da década de 30, a sala sofre obras de adaptação e renovação dos equipamentos técnicos. A lotação da sala era de 900 lugares e era comum realizarem-se três espetáculos semanais.
No final da década de 50, com o início das emissões regulares da Radiotelevisão Portuguesa, e mais acentuadamente na década seguinte, seguem-se tempos de declínio.
Os anos 70 e 80 são marcados por exibições pontuais de cinema e a realização de festas, sobretudo nos períodos do Carnaval e Natal, até ao seu encerramento definitivo. Em 1997, a Câmara Municipal de Torres Vedras adquire o edifício e inicia o projeto de requalificação.
O espaço reabre ao público em 2001 mantendo a sua traça original, mas profundamente alterado e modernizado em termos técnicos e de conforto para o público. A sala passa a designar-se “Teatro-Cine de Torres Vedras” e a contar com um máximo de 437 lugares sentados, entre plateia, camarotes e balcão. Desde essa data, apresenta uma atividade ininterrupta, com apresentações semanais de todos os tipos de artes do espetáculo.
Em 2020, ano marcado pela emergência sanitária, encerra temporariamente para obras, para reabrir portas ao público, no final do ano, renovado e com acrescidas condições técnicas.