Uma trinca na sandes da realidade. Quatro viajantes profissionais visitam um território desconhecido, habitado por personagens que não são exatamente quem imaginamos que são, quando os encontramos pela primeira vez. Uma escavação delicada através dos estratos geológicos de uma cidade, trazendo à superfície lendas urbanas, desejos inconfessados, paisagens sonoras, memórias enterradas e histórias reais. Uma aposta de alto risco na curiosidade e na empatia.
Este projeto gera-se nesse desejo de ouvir antes de falar. Na ideia de visitar um lugar não como num safari ou numa excursão turística, mas como uma convivência, uma relação que pode ou não ser duradoura. No impulso de encontrar novos caminhos para a criação e para a fruição artística, subvertendo expetativas e esbatendo fronteiras. Este é um projeto de longa duração, que coloca em contato quatro criadores de origens, contextos e disciplinas distintas com o território do concelho de Torres Vedras. Um encontro que se pretende em duas vias: desafiador e gratificante para todos os envolvidos – artistas e públicos, visitantes e habitantes. Um projeto apontado para o futuro de Torres Vedras, sintonizado tanto com as suas raízes como com as suas antenas.
Cada criador irá conceber e realizar uma peça original de áudio de aproximadamente 30 minutos a partir de material coletado em Torres Vedras. A peça pode ter qualquer formato: Um documentário. Uma colagem de sons. Uma entrevista. Uma novela de ficção. Em comum, a cada uma destas tentativas, existe o impulso de conhecer um lugar através das suas vozes.
Concepção: Alex Cassal
Criação: Alex Cassal, Bruno Huca, Gaya de Medeiros, Márcia Lança
Apoio à escrita: Joana Frazão
Produção: Teatro-Cine Torres de Vedras
Criação: Alex Cassal, Bruno Huca, Gaya de Medeiros, Márcia Lança
Apoio à escrita: Joana Frazão
Produção: Teatro-Cine Torres de Vedras
Sobre o convidado:
Gaya de Medeiros nasceu no Brasil. É bailarina, diretora e produtora. Interessada na pesquisa dos cruzamentos entre a palavra e o corpo, o privado e o público, o íntimo e o social, o trabalho artístico de Gaya questiona o lugar do drama na contemporaneidade.
