TELMAH/HAMLET terá na leitura de Hamlet de Shakespeare o motor para a improvisação de ações.
Telmah entra na sala do palácio de Hamlet, por tradição uma sala mais ocupada por homens. Interessa-nos o seguinte: após a morte do pai, o jovem príncipe Hamlet iria herdar a sucessão da coroa mas foi desapropriado. Será possível imaginar um Hamlet sem terra? A terra que pisamos, a terra que compramos, a terra que herdamos, a terra que cavamos e onde nos deitamos para morrer.
A atriz Vânia Geraz e o músico Noiserv jogam com a ideia de que Hamlet somos muitos. Há câmaras de vigilância na sala. À beira da alucinação, algumas partes ficam no recreio da infância enquanto outras entram e vêm um quarto de terror. Projeções da mente de Hamlet podem aparecer numa
t-shirt que diz “eu sou o teu pai”, em camadas sonoras, numa pedra, nos olhos de um espetador.
Jogo de não querer ser visto. Querer ver. Ver-se. Ver-se a ver. Ver o outro. Ver o outro a ver-me. Bem-vindo desconhecido.
Criação: Projeto Ariadne
Com: Vânia Geraz e Noiserv
Direção artística: Vânia Geraz
Apoio à criação e produção: Nídia Roque
Desenho de luz: Rui Seabra
Apoio ao dispositivo cénico e imagem: Ernesto Costa
Música e espaço sonoro: Noiserv
Produção: Projeto Ariadne / Centro Dramático de Viana - Teatro Municipal
Sá de Miranda / Teatro das Figuras
Este projeto é um dos contemplados com a Bolsa de Criação Matriz
