O espetáculo é uma reflexão multigeracional sobre o tempo e a finitude, através de um elenco de bailarinas, cantoras e musicos entre os 23 e os 61 anos. A pesquisa se baseia no Café Muller de Pina Bausch e em outras referências criadas em períodos de pós guerra e de reconstrução de lugares, coletivos e íntimos, que foram assolados pelo fim. A partir disso, dançar a nossa teimosia em nos mantermos vivas e desejantes em períodos de falta de esperança. Mover as ancas, os desejos e os afetos.
Esse trabalho pretende olhar para os clássicos e os cânones com outras perguntas e pensar no que desejamos que sobreviva ao tempo. Além disso, manifesta nosso desejo de sair do purgatório em que nos encontramos, cercadas de incertezas que nos imobilizam e criar estratégias que adormeçam as ansiedades para acordar novas pulsões - acariciar potências delicadas e colocar muita gasolina nas potencias incendiárias.
Dançar como quem manda um outro Voyager Golden Record para o nosso futuro. Encarar o Tempo de frente e parafrasear Viviane Mozé que diz: "Tempo, se for para me comer, que seja com meu consentimento e olhando nos meus olhos!"
Nosso único pedido, antes disso, é que nos juntemos ao redor de uma mesa para o pedido derradeiro:
Garçon, traz a ultima?
Direção artística: Gaya de Medeiros
Co-criação e interpretação: Francisco Rebelo, Gaya de Medeiros, Iúri Oliveira, Lívia Espírito Santo, Helena Baronet, Paulina Santos e Ricardo Almeida
Apoio dramatúrgico: Ana Rocha e Tiago Cadete
Direção musical: Ricardo Almeida e Gaya de Medeiros
Desenho de luz e espaço cénico: Tiago Cadete
Comunicação: Marin Matos
Gestão: Marta Moreira / Irreal
Produção: Daniela Leitão / Sekoia - Artes Performativas
Co-produção: BoCA - Biennial of Contemporary Arts, Sekoia - Artes Performativas, Teatro Municipal de Torres Vedras, Culturgest - Lisboa, Teatro Municipal do Porto - DDD e BRABA.plataforma
Projeto financiado: República Portuguesa - Cultura | Direção-Geral das Artes
Apoio à Criação: OPART, E.P.E./ESTÚDIOS VICTOR CÓRDON
Crédito fotográfico: Bruno Simão